Estudo afirma que 2,4 bilhões de pessoas no mundo têm cárie não tratada

O estudo publicado no “Journal of Dental Research” realizada pelo pesquisador e professor Wagner Marcenes, na Universidade de Queen Mary, em Londres, aponta que muitos não se preocupam com a cárie que, se não tratada, pode causar dor extrema, infecções e até mesmo a perda de dentes. Segundo a pesquisa, estima-se que 2,4 Bilhões de pessoas no mundo possuem cárie.

 

O nível de negligência espantou os pesquisadores, já que existem maneiras conhecidas e simples de tratamentos e prevenção da doença. Dado também alarmante, é que a cárie não tratada alcança não apenas as crianças, como também a população adulta.

Segundo Marcenes, em entrevista à BBC, os prejuízos que a cárie causa são econômicos e significativos. Se não tratada, provoca uma redução na produtividade no trabalho e absenteísmo em adultos, além de dificultar o desempenho escolar das crianças. É alarmante ver que a prevenção e o tratamento de cáries são negligenciados a esse nível.

A destruição da superfície do dente é provocada por ácidos produzidos por bactérias que vivem na boca e causam a cárie. A prevenção é baseada na higiene bucal e pela mudança de hábitos alimentares. Este é o maior desafio, segundo o pesquisador. A dieta no dia a dia atual envolveALT="tratamento da Cárie" o consumo de elevadas quantidades de açúcar em alimentos como comidas e bebidas, assim como lanches frequentes.

A pesquisa que reuniu um time internacional de cientistas e foi conduzida pelo professor Marcenes, analisou 378 estudos que envolveram em média, 4,7 milhões de pessoas em todo o mundo entre 1990 e 2010. Segundo a sugestão dos resultados, 2,4 bilhões de pessoas possuem cárie não tratada em relação aos dentes permanentes e cerca de 621 milhões de crianças têm cárie em dentes decíduos. O estudo estima que mais de 190 milhões de novos casos de cárie apareçam por ano.

Marcenes diz que “a percepção atual de que baixos níveis de cárie na infância vão ser levados para toda a vida, parece imprecisa”. E completa que atualmente, a maioria das políticas é focada nas crianças. “Os adultos são negligenciados”, finaliza.

Fonte: O Globo