Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, comemorado em 22 de setembro, foi criado pela Associação Brasileira de Halitose (ABHA). O objetivo da entidadeé alertar a população sobre causas e tratamentos desse problema que atinge mais de 50 milhões de brasileiros e pode ser um sinal de que algo no organismo está em desordem.

A literatura registra que de 90% a 95% das halitoses, ou mau hálito, são causadas no ambiente bucal, principalmente na língua, e cerca de 5% a 10% têm causas sistêmicas. A língua possui diversas papilas gustativas entre as quais se formam criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos, células epiteliais descamadas e placas bacterianas que começam a fermentar e a liberar odor de enxofre. Essa é, sem dúvida, a principal causa do mau hálito.

Existem mais de 60 causas para o mau hálito. As mais comuns são: higienização falha, alterações no padrão salivar (quando a qualidade ou a quantidade de saliva está fora do padrão), gengivites (infecções na gengiva), próteses dentárias mal adaptadas, sinusites, amidalite, pouca ingestão de água, prisão de ventre e jejuns prolongados (mais de 4 horas sem comer).

Por isso que visitar o dentista regularmente é fundamental, pois ele é a pessoas mais indicada para tratar e tirar todas as dúvidas sobre o mau hálito. “Fazer uma higienização correta com a utilização de fio dental e raspadores de língua, manter a boca saudável (sem cáries e sem gengivas sangrando), manter uma dieta balanceada e ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia, seja no inverno ou no verão, são mudanças de hábitos necessárias para controlar a halitose”, diz o especialista.

O que é halitose?

Halitose significa “mau hálito”, um problema que muitas pessoas enfrentam eventualmente. Calcula-se que aproximadamente 40% da população sofre ou sofrerá de halitose crônica em alguma época de sua vida.

  • Muitas são as causas deste mal, incluindo:
  • Higiene bucal inadequada (falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental);
  • Gengivite
  • Ingestão de certos alimentos como, por exemplo, alho ou cebola;
  • Tabaco e produtos alcoólicos;
  • Boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono);
  • Doenças sistêmicas tais como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins.

Como saber se tenho halitose?

Uma forma de saber se você tem mau hálito é cobrir sua boca e nariz com a mão, exalar e sentir o hálito. Uma outra forma é perguntar a alguém em quem você confia como está o seu hálito. Mas, não se esqueça de que muitas pessoas têm este problema quando acordam de manhã, como resultado de uma produção menor de saliva durante a noite, o que permite os ácidos e outras substâncias se deteriorarem no interior da boca. Medidas tais como escovar bem os dentes e língua, e usar fio dental antes de dormir e ao se levantar sempre ajudam a eliminar o mau hálito matinal.

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Como prevenir a halitose?

Evite alimentos que causam mau hálito e observe o seguinte:

  • Escove bem duas vezes ao dia e use fio dental diariamente para remover a placa bacteriana e as partículas de alimento que se acumulam todos os dias. Escovar a língua também ajuda a diminuir o mau hálito.
  • Remova a dentadura antes de dormir, limpando-a bem antes de recolocá-la de manhã.
  • Visite seu dentista periodicamente para fazer uma revisão e uma limpeza de seus dentes.

Se o seu mau hálito persistir mesmo após uma boa escovação e o uso do fio dental, consulte seu dentista, já que isso pode ser a indicação da existência de um problema mais sério. Só o dentista poderá dizer se você tem gengivite, boca seca ou excesso de placa bacteriana, que são as prováveis causas do mau hálito.

Atribuir o mau hálito a problemas estomacais é outro conceito errado. Se analisarmos fisiologicamente o problema, veremos que existem esfíncteres gastrintestinais que não permitem a passagem dos odores estomacais para o meio externo. Esfíncteres são válvulas que se fecham depois da passagem dos alimentos. Normalmente, o mau hálito pode ser atribuído ao estômago apenas em duas situações básicas: eructação gástrica, ou arroto, e refluxo gastroesofágico, quando há uma deficiência no funcionamento da válvula que separa o esôfago do estômago.

Fonte: Terra, Drauzio Varela e Colgate