AUTO MEDICAÇÃO – ANTIBIÓTICOS
AUTO – MEDICAÇÃO – USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS
Pessoal, tomem cuidado com a auto medicação, leiam este artigo com atenção, bem interessante!!
1. QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS?
Os antibióticos são, de um modo geral, indicados nos casos de controle de infecções. Na cavidade bucal, são indicados em infecções nas quais os procedimentos odontológicos já foram realizados sem alcançar o resultado esperado; no pós-operatório de procedimentos cirúrgicos; ou ainda no pré-operatório em pacientes suscetíveis às infecções oportunistas. A indicação de antibiótico só deve ser realizada pelo cirurgião-dentista após avaliação adequada.
2. HÁ EXAMES ESPECÍFICOS PARA ESTA FINALIDADE?
Sim. Existem testes microbiológicos que analisam o tipo de agente causador da infecção, conhecidos por cultura microbiológica. Estes testes laboratoriais identificam a espécie da bactéria que está causando a infecção e, subseqüentemente, são realizados exames de antibiograma, determinando qual antibiótico deve ser usado para a bactéria causadora da infecção. Existem ainda testes moleculares capazes de detectar a presença de microrganismos e de genes associados à resistência bacteriana frente aos agentes antimicrobianos.
3. QUAIS SÃO AS CONTRA-INDICAÇÕES DO SEU USO?
O uso indiscriminado de antibióticos leva ao aparecimento de cepas bacterianas resistentes na comunidade. Infelizmente, a automedicação é um erro cultural da população, que atualmente colhe prejuízos individuais e coletivos à sociedade. O uso de antibióticos deve ser analisado quando indicado aos pacientes com problemas de fígado, rins; para crianças e idosos.
4. QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DE SUA UTILIZAÇÃO?
Basicamente, o maior benefício da administração de antibióticos é o controle da infecção. A medicação antimicrobiana, dependendo da natureza da indicação de sua prescrição, é uma terapia coadjuvante ao tratamento odontológico. Não deve ser empregada sozinha, devendo estar na maioria das vezes associada aos procedimentos odontológicos.
5. QUAIS OS RISCOS INDIVIDUAIS AO PACIENTE?
Várias reações adversas e efeitos colaterais podem ser observados, dentre eles alterações gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarréia), hipersensibilidade (reações alérgicas), toxicidade renal e hepática, erupções cutâneas e ulcerações na boca.Há ainda possíveis interações entre medicamentos, como por exemplo, a interação com o álcool. A relação
custo-benefício da sua administração deve ser avaliada pelo cirurgião-dentista.
6. QUAIS SÃO OS RISCOS COLETIVOS À SOCIEDADE?
Atualmente, alguns tipos de antibióticos já apresentam seu efeito combatido pelas próprias bactérias. Este processo é conhecido por resistência bacteriana e é causado pela seleção de microrganismos resistentes quando do uso de antibióticos. Por isso, deve ser evitado o uso indiscriminado de antibióticos e os antimicrobianos de última geração devem ser restritos ao
tratamento de infecções por agentes multiresistentes.
7. EM CASOS DE INFECÇÕES BUCAIS OU ODONTOLÓGICAS, COMO PROCEDER?
Vale ressaltar, novamente, a importância da consulta ao cirurgião-dentista. Este profissional é competente e capaz de avaliar a situação, particularizando a forma de tratamento caso a caso. A consulta ao cirurgião-dentista impede a automedicação e evita conseqüências mais graves.
Fonte: Revista APCD